Sempre fui uma garota tímida. Mas uma tímida avançada, impulsiva, ousada, curiosa e criativa quando criança. Minha mãe entendia essa minha timidez como educação, e o resto era coisa de menina, coisa de criança mesmo. Na verdade ela não entendia nada. E na verdade, eu era uma tímida mascarada da simpatia de uma menina. Depois que eu conhecia as coisas, as pessoas e os lugares; de duas coisas uma: ou não queriam me ver mais, ou me queriam eternamente.
Meu mistério e não entendimento como ser começou quando criança; Quando comecei a aprender a observar o mundo.
Não sei dizer se minhas amigas puderam ser felizes com a minha amizade. Eu gostava de brincar com elas. Mas eu gostava mesmo das brincadeiras de meninos. Minha imagem era uma coisa engraçada: joelhos cinza, ralados, corpo esguio, franja no cabelo curto e olhos de curiosa. Gostava do pega-pega, do ‘taco’, da bicicleta, bolinhas de gude, o empinar da pipa e os etc de coisa de menino.
Diante as brincadeiras das meninas, era estranho. Faltava-me energia. Faltava encantamento para com as amigas e aqueles brinquedos que mais pareciam com uns espantalhos em busca da alguma perfeição bem vestidos.
Até bem antes de entrar na escolinha, tive muitos brinquedos. Era uma quantidade mutua, e minha mãe os - guardava rigorosamente numa caixa de papelão especial: Era uma caixa enorme, gigante. E eu vigiava essa caixa como se fosse minha própria sombra. Mas eu logo desanimava, e o desencantamento por aquele mundo da gigante caixa surgia. Eu nunca podia mexer, brincar com eles. Que tédio!
Não sei por quanto tempo dos meus dias de criança eu ficava olhando, vigiando aquela caixa. O coração batia de ansiedade porque o que eu queria mesmo com aquela caixa não era brincar; Conscientemente, eu queria é ser maior que ela. Só isso. Era como uma disputa da minha mente criadora, e aquele monstro de papel “duro”, cheio de monstrinhos no seu interior.
Diante as brincadeiras das meninas, era estranho. Faltava-me energia. Faltava encantamento para com as amigas e aqueles brinquedos que mais pareciam com uns espantalhos em busca da alguma perfeição bem vestidos.
Até bem antes de entrar na escolinha, tive muitos brinquedos. Era uma quantidade mutua, e minha mãe os - guardava rigorosamente numa caixa de papelão especial: Era uma caixa enorme, gigante. E eu vigiava essa caixa como se fosse minha própria sombra. Mas eu logo desanimava, e o desencantamento por aquele mundo da gigante caixa surgia. Eu nunca podia mexer, brincar com eles. Que tédio!
Não sei por quanto tempo dos meus dias de criança eu ficava olhando, vigiando aquela caixa. O coração batia de ansiedade porque o que eu queria mesmo com aquela caixa não era brincar; Conscientemente, eu queria é ser maior que ela. Só isso. Era como uma disputa da minha mente criadora, e aquele monstro de papel “duro”, cheio de monstrinhos no seu interior.
Mas ainda era pequena, e eu não consegui bem o que eu queria.
Não sei onde a caixa foi parar. Mas minha mãe e seu espírito de doação puseram os monstrinhos para fora da caixa, para fora de casa e para fora do meu mundo. É que quando eu podia realmente mexer e brincar com os brinquedos, eu modificava todos eles. Adorava recriar a criação dos monstrinhos, daquelas bonecas e suas derivações que eram estranhas, e mais pareciam ter vindo das historinhas encantadas. Parecia que o que queriam que fôssemos como elas, ou o que deveríamos ser quando crescermos.
Foi a partir desse momento que minha simpatia de menina camuflou-se. Perguntava a todos e para mim mesma por que todas aquelas bonecas eram loiras? Porque eram magras? Por que não existiam bonecas gordas? Por que as bonecas tinham peitos? Por quê? Por quê? Oras, estávamos longe de parecer com qualquer tipo de boneca.
Foi a partir desse momento que minha simpatia de menina camuflou-se. Perguntava a todos e para mim mesma por que todas aquelas bonecas eram loiras? Porque eram magras? Por que não existiam bonecas gordas? Por que as bonecas tinham peitos? Por quê? Por quê? Oras, estávamos longe de parecer com qualquer tipo de boneca.
Meu coração nem batia de alegria por tê-las. Era um mundo impalpável. Cheio de preguiça e de perguntas. Modificá-las era o máximo que eu fazia. Era um modo de trazer-las e estar mais próximo da realidade. Mas era pouco, muito pouco.
Como dizia Charles Chaplin: “Nosso cérebro é o melhor brinquedo criado”.
É. Realmente é.
É. Realmente é.