domingo, 27 de setembro de 2009

Sur L'amour

Ora, embelezada, poetizada, sempre rigorosa na concordância da idéia e meus valores, e seus valores e todos os valores, revisto-me sempre em palavras grossas e profundas.
Entre tanta coisa profunda, nada influência mais profundamente ao homem de sentir. Assim, mesquinhadamente aparando resíduos robustos, demonstram agora os nossos seres, a abundância em seus princípios, a originalidade, o poder decisivo da ‘coisa’ e o amor.
Ah, é assim... o amor..
Tudo isso se aplica aos nexos alvorás que nossa modernidade de vida nos traz. Sinceramente, compreender e representar a incerteza para um amanhã, entender tendências, modismo, cultura, economia, política, pobreza e miséria está fora da realidade do amor. Devemos talvez encomendar a realidade para reforçar a idéia e todas as palavras disfarçadas.
Ora, erro meu mais uma vez! Inovador esse nosso mundo moderno, rápido demais, atualizado demais e mundinho demais para um mundo cheio de amor.
Seria realmente belo acolher essas palavras com extremo carinho e compreensão; Creio que possa ser poético, cheio de símbolos, do renascentismo, do romantismo e do gótico romântico... ah, perco minha poesia, minha concordância, meu valores e toda a minha profundeza.
Quem sabe o amor esteja numa incomparável finura das antenas das joaninhas, e quem sabe, possa somente elas penetrar através do mais tortuoso toque de repousar, repousar sobre as pessoas com suas asas sensíveis e retrôs, cheia de bolinhas escuras a tocar a alma. A tocar profundamente a alma. Asseguro-me a sinceridade, e em todas as minhas poesias, descubro que precisamos com urgência de ‘produzir’, de ‘fabricar’ dezenas, centenas e milhares de joaninhas. Já dito! Precisamos pousar em cada de nossos seres, o amor que nossa modernidade não fabrica e não se preocupa e diz não sentir falta.
Ora, não sentimos falta...
Esses versos e sentimentos não podem mais ser alterados; Enfim: tenho falta do amor visível, tocável... encantado. Tentar arrancar a admiração cansada dos homens me desgasta o verbo.
Rubis, esmeraldas... pérolas... e com sorte, meu perfume errante, marcante que atormenta, ainda deve estar por ai, fazendo-o lembrar-te do conjunto: o cheiro e a emoção.
Ah, mas seria ficar menos homem assumir tal profundeza.
Desde que há cartas, tento por vezes tocar as almas. Tento por vezes tocar até a minha alma, mas certamente essa velha maneira profunda de cartas é muito velhas e muito profundas e muito cartas.
A culpa desse verso é meu erro: A rosa feita sem um orvalho; deve ser isso! Preciso de uma joaninha, de uma joaninha... de sua joaninha! Surpresos e encantados, talvez venham chamar de decadência esse precisar, mas o próprio coração estreito tem seus motivos, seus poemas, sua necessidade de amor.
O amor é uma força; e uma fraqueza também. O amor é um equilíbrio; E por mim, falares dessas confidências inertes não assustam mais as damas, mas sim os cavalheiros.
Verídico, sagaz, insano. Nossa modernidade ocupada, mecânica e inteligente só se seduz ao que é profundamente inteligente. Essa confusão de espíritos sobre a coisa do amor, a coisa de alma, e a coisa da coisa da coisa de todas as outras coisas conduz o homem à hábitos intangíveis as profundezas e à hábitos desinteressantes.
É assim, sempre assim. Se a preocupação fosse mesmo o amor, não teríamos nossa cultura saturada, rotineira e torturada pela ansiedade da falta de algo.
Sempre falta algo. Mas o quê afinal?....
O amor é um sentimento para velhos enfraquecidos cheios de esperanças e raridades.
A poesia se perde de pensar... quem sabe um pouco mais de perfume... quem sabe uma sentinela da joaninha... quem sabe abram-se por aí a porta profunda do amor.
Aqui, reduzida e vencedora pelas fraquezas do que é esse sentimento, em meu castelo espero a porta a abrir; em meu castelo útil e nada moderno... espero com meus versos de “l’amour”... a dose que sustenta minha vida.