sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Revir-ando

Tenho andado por aí dizendo coisas sem efeitos, e causando cada vez mais, defeitos.
Que pelos intermédios da vida, não há remédio que cure de imediato este mal do tédio.
Tenho andado por aí, um tanto entediada.
E deixando por onde passo, vestígios de mal humor.
Eu, como digno de ser um cidadão que não sei se comum, tenho andado na fúria dos ‘desesperos’;
E penso nisso cada vez mais constantemente, por que o mês já está no meio, e perto do fim, para mais um início de outro mês.
Percebo, que tenho andado não vivendo como devia.
E percebo que o que devia, já passou.
Tenho andado por aí.
Indo, não se sabe onde, mas vou!
E continuamente tenho andado. E assim pré-ocupada e preocupada com uma porção de coisas, que é só mais uma porção..e rapidamente deixam-se de ser coisas... Tenho andado assistindo a muitos filmes. Já se foram tantos que nem se quer me recordo os nomes.
Tenho andado por aí, perdendo a memória. E tenho recuperado um bocado dela, nos dias de glória.
Tenho lido muita notícia talvez me atualizando, ou talvez só dando uma atençãozinha para os quatros cantos do mundo.
Tenho comido mal, dormido mal. Mas tenho visto o sol se pôr e a lua em suas noites celebrantes mesmo que entre prédios, poeiras e avenidas.
Tenho visto uma bela sintonia entre a água cair do céu e a de meu pranto, ambos tapam buracos e bueiros.
.. Continuo inconsciente a andar..
Ando por aí, dizendo coisas sem efeitos
E tenho andado sem saber o que falar

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Cometendo erros

E eu realmente só queria um pouco mais de alegria.
Não sou nada que vem ao acaso, sou a ansiedade pura. Tenho alma. E de tanto ser e ter, não tenho calma.
Liberto a insana e cansada mente no meu tragar, e é nele que me apego.
Não há à quem eu possa pedir para segurar minha mão, e a nostalgia se alimenta aqueles abraços.
Meu espelho, me tem cometido vários defeitos, seja de cara lavada, ou de cara pintada.
Para alguns sou uma vitrine ambulante e mal humorada que ainda seguem os ‘divinos’ rótulos. E para alguns outros, não sabem o que sou. Por que simplesmente, não sou.


E eu realmente só queria um pouco mais de alegria.

Em um lugar onde não deveria haver surdos, mudos e cegos, tenho o contrário do que foi citado.
Normalmente, acredito muito, e depois sonho.
E normalmente, me encho dos porquês.
No imaginário, solidão. No irreal, solidão, e as utopias entopem minhas veias e minhas artérias. A surdez, a mudez e a cegueira e as contas pra pagar aumentam!
Me re-componho, mas ainda tenho resíduos de angústias e depressões. A louca vontade de se destruir e gritar para ver se alivia só não se mantém, porque creio!
E o que realmente quero, é uma pouco mais de alegria.

O choro é o consolo, o grito! E nele re-encontro a criança.