quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Do amor

Estou louca, cheia de sonhos a construir, mas sozinha já não posso mais, por que simplesmente não posso. Perplexamente não posso! Há os que desistem. Ainda não desisti, mas só por que escrevi uma vez... querem que eu escreva sempre. Oras! Vocês nem sabem como essa vida cá, é um tanto solitário. Vocês nem sabem que minha urgência para o mundo é tanta, que já nem sei mais o que é que é urgente. Acredito que o amor seja mais urgente. Amor nesse mundo tem pressa. Mas sempre chega calmamente... é a tal “senhora calma, atenta e tranqüila”. Amor chega inocente e paciente. Exigem do amor, e nem ao menos sabem dar-lhes dele. Amar exige inocência e paciência. Receber do amor então exige uma capacidade que nem sempre se tem. Estou louca; estou perplexa; estou cheia de sonhos; estou como criança boquiaberta, inocente e esperta. Ah, do amor só sei que é dar de presente um ao outro. Ah, estou paralítica e muda. Ah, a vida dos sentimentos é extremamente burguesa.